Stephen Hawking foi-se há cerca de dois meses. Dez dias antes de partir, publicou um artigo a propósito do fim do nosso Universo e da existência de muitos outros, paralelos a este em que estamos. O que existe, de verdade, é um Multiverso! Além de muitos outros...
Li em um jornal (ou terá sido nessa tal de internet?) que as cinzas de Hawking ficarão junto aos túmulos de Newton e Darwin, na Abadia de Westminster, em Londres. Três manifestações em carne e ossos aqui, na chamada Terra. A dúvida é ele mesmo que propõe - aquele que por aqui era chamado de Hawking - a respeito das origens do nosso Universo, dos tais de buracos negros e disto que chamamos tempo.
Perco-me em divagações em torno do que me encanta, mesmo porque - isso já andei a dizer - o tempo não existe, os tais de buracos negros levam tudo consigo e o tal de nosso Universo é uma fração do Multiverso.
Estou sendo confuso? Ou serei apenas amplo como o tempo e o Multiverso? Sei lá! Como escrevi aqui algum dia, lembrando Guerra Junqueira, tudo vale a pena se alma não é pequena.
Ouvi também alguém dizer que nossos ancestrais - somos o que referem como seres humanos, não é mesmo? - faziam sexo com outras espécies, a dos Desinovas, restos dos quais foram descobertos na Sibéria. Daí talvez tenham resultado os que chamamos de seres humanos, homo sapiens, embora pudéssemos ser decorrência dos homens do Neanderthal. Talvez tivesse sido bem melhor. O fato, porém, é que estamos por aqui, nesta versão do Multiverso na qual vivemos.
De todo modo - como afirma o Stephen Hawking de ontem e de hoje, nesta esfera -, os buracos negros são passagens para outros Universos e a Terra irá explodir nos próximos 600 anos! Não acredito que vá demorar tanto. Antes disso, certamente pá pum!
De todo modo - peço que anotem o que afirmo agora - alguns dos que me leem ainda estarão por aqui (talvez eu mesmo, quem sabe, com 92 anos) quando o planeta Martelo aproximar-se-á de nós e - como dizia meu pai - levar para o espaço quem não cultiva a harmonia e a paz. Por aqui ficarão somente os que conquistaram o direito de - como dizia a Narinha em uma linda canção de Moustaki - habitar um jardim que se chamava Terra, onde o amor espalhava toda claridade e ninguém se lembrava de fazer a guerra.
Repito-me ao escrever estes textos, textinhos, para o Diário de Santa Maria, a cidade onde nasci e aperto entre meus braços. Se ele ainda vivesse por aqui, na Terra, e eu fosse seu amigo, proporia ao Stephen Hawking irmos à minha cidade para compreendermos o tempo e o Multiverso.